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Resumo:O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve se encontrar nesta sexta-feira com cinco líderes caribenhos que se alinharam a Washington no reconhecimento ao líder opositor venezuelano Juan Gu
Por Roberta Rampton
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve se encontrar nesta sexta-feira com cinco líderes caribenhos que se alinharam a Washington no reconhecimento ao líder opositor venezuelano Juan Guaidó como legítimo chefe de Estado do país sul-americano.
Trump se reunirá com os líderes de Bahamas, República Dominicana, Haiti, Jamaica e Santa Lúcia em seu clube particular de Palm Beach, na Flórida.
A reação à crise política na Venezuela, país-membro da Opep, dividiu os membros da Comunidade Caribenha, conhecida como Caricom. Oficialmente a organização defendeu conversas entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e Guaidó. A maioria de seus membros rejeitou resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) em apoio a Guaidó.
Guaidó, que preside a Assembleia Nacional da Venezuela, invocou a Constituição para assumir uma Presidência interina em janeiro, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 foi ilegítima. Maduro, que ainda tem apoio dos militares, vem se mantendo no poder com o apoio de Rússia, China e Cuba.
A região caribenha depende há tempos do petróleo e do gás da Venezuela, que ofereceu financiamento barato através de um programa chamado Petrocaribe, mas as remessas diminuíram nos últimos anos por causa de problemas de produção na estatal petrolífera venezuelana, a PDVSA.
As tensões criam riscos para os esforços regionais de capitalizar a exploração submarina de petróleo e gás, disse Anthony Bryan, especialista em energia caribenha e sócio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington.
“A Caricom é o organismo que fala em nome da sustentabilidade energética da região. Mas se você começa a dividir os Estados --como aparentemente se está tentando fazer--, você, de certa forma, quase sabota logo no início aquela união que é necessária”, disse Bryan em uma entrevista.
A região também tem se beneficiado de uma onda de investimento chinês. No começo desta semana a Casa Branca disse que Trump quer trabalhar com líderes para “se contrapor às práticas econômicas predatórias da China”.
A reunião também é uma oportunidade para o norte-americano tentar virar a página dos comentários depreciativos que teria feito sobre o Haiti. Em uma reunião na Casa Branca em janeiro de 2018, Trump se referiu ao Haiti e a nações africanas como “países de merda”, segundo um senador democrata presente -- o que Trump negou mais tarde no Twitter.
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