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Resumo:O Irã afirmou neste domingo que expandirá suas relações com o Líbano, apesar da chamada “provocativa e intervencionista” do secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo para Beirute escolher um lado, informou a televisão públ
DUBAI (Reuters) - O Irã afirmou neste domingo que expandirá suas relações com o Líbano, apesar da chamada “provocativa e intervencionista” do secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo para Beirute escolher um lado, informou a televisão pública iraniana.
Em uma turnê regional para angariar apoio a uma abordagem mais rígida de Washington contra Teerã, Pompeo disse na sexta-feira que o Líbano precisava tomar uma decisão - “Avançar corajosamente como uma nação independente e orgulhosa, ou permitir que ambições obscuras do Irã e do Hezbollah ditassem seu futuro”.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, rechaçou os comentários de Pompeo.
“Devido às falhas de suas políticas no Oriente Médio, os Estados Unidos recorreram à ultrapassada e desacreditada arma de ameaças e intimidações para impor suas políticas imperialistas em outros países”, disse Qasemi, segundo a TV pública.
“Ao mesmo tempo que respeitamos a independência do Líbano e o livre arbítrio de seu governo e nação, o Irã usará todas suas capacidades para reforçar a unidade dentro do Líbano e também expandir suas relações com o Líbano.”
O Hezbollah, cuja influência expandiu-se em casa e na região, controla três dos 30 ministérios no governo liderado pelo primeiro-ministro apoiado pelo Ocidente, Saad al-Hariri, a maior quantidade da sua história.
A potência xiita muçulmana Irã e o Hezbollah, fundado em 1982 pela Guarda Revolucionária do Irã, são agentes importantes na guerra na Síria e na luta contra grupos militantes que se opõem ao presidente Bashar al-Assad, entre eles o Estado Islâmico.
Qasemi disse que o Hezbollah do Líbano é um partido legítimo e popular.
“Como Pompeo pode fazer comentários tão imprudentes e irracionais (sobre o Hezbollah) enquanto visita o Líbano?”, disse.
Tensões entre Teerã e Washington cresceram desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo nuclear de 2015, entre o Irã e seis potências mundiais, no último mês de maio, e restaurou sanções à República islâmica.
A restauração de sanções faz parte de um esforço mais amplo de Trump para forçar o Irã a limitar seu programa nuclear e encerrar seu trabalho com mísseis balísticos, assim como seu apoio a forças no Iêmen, Síria, Líbano e outras partes do Oriente Médio.
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