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Resumo:A confiança da indústria permaneceu inalterada em setembro em relação ao mês anterior, com uma queda mensal nas expectativas para a produção sugerindo um atraso na recuperação industrial, apesa
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - A confiança da indústria permaneceu inalterada em setembro em relação ao mês anterior, com uma queda mensal nas expectativas para a produção sugerindo um atraso na recuperação industrial, apesar de uma segunda alta consecutiva no sentimento sobre os negócios.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou em 95,6 pontos, mostrou a Sondagem da Indústria divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. A confiança recuou em dez dos 19 segmentos industriais pesquisados.
O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 0,3 ponto, para 95,9 pontos, impulsionado pela melhora na percepção sobre o cenário atual dos negócios. Apesar do aumento do percentual de empresas que consideram as condições atuais fracas, de 22,6% em agosto para 23,4% em setembro, a proporção de empresas que as consideram boas aumentou para 16,6%, ante 14,0%.
Já o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 0,5 ponto em setembro, para 95,2 pontos, puxado pela queda de 1,5 ponto do indicador de produção prevista, que agora se encontra abaixo dos 100 pontos (99,1 pontos).
O indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses também recuou, para 94,3 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (93,9 pontos).
“A queda dos indicadores que refletem as expectativas em relação à evolução da produção nos três meses seguintes e a evolução dos negócios nos seis meses seguintes sugere que uma recuperação mais consistente da indústria de transformação deve ficar para o próximo ano”, comentou Renata de Mello Franco, economista da FGV, em nota.
Embora o índice que mede a visão sobre a situação atual tenha crescido no mês, em médias móveis trimestrais o ISA apresentou queda de 0,2 ponto, para 95,3 pontos, quinta baixa consecutiva.
Por sua vez, o índice de expectativas subiu 0,1 ponto na média trimestral móvel, apesar da queda mensal, subindo para 95,4 pontos, interrompendo sequência de cinco baixas.
Em outras leituras sobre a situação econômica, a Fundação Getulio Vargas divulgou na terça-feira uma queda na confiança de empresas do setor comercial, mas com sinalização de recuperação gradual do setor.
A confiança do consumidor brasileiro melhorou em setembro e alcançou o maior patamar desde março, mostraram outros dados da FGV na segunda-feira.
No começo do mês, a instituição também divulgou que uma medida da expectativa sobre o mercado de trabalho teve em agosto a primeira alta depois de cinco quedas, considerando o desempenho da média móvel trimestral.
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