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Resumo:A fixação de preços do açúcar por meio de contratos futuros de Nova York pelas usinas brasileiras aumentou em novembro devido a uma moeda mais fraca e aos preços mais altos de Nova York, mas o volu
Por Marcelo Teixeira
SÃO PAULO (Reuters) - A fixação de preços do açúcar por meio de contratos futuros de Nova York pelas usinas brasileiras aumentou em novembro devido a uma moeda mais fraca e aos preços mais altos de Nova York, mas o volume das operações de “hedge” ainda está abaixo do nível observado na mesma época do ano passado, disse a Archer Consulting nesta segunda-feira.
Até o final de novembro as usinas brasileiras haviam feito hedge para 5,48 milhões de toneladas de açúcar usando contratos de Nova York, um volume equivalente a 28% das exportações esperadas na safra 2020/21. Isso se compara a 6,86 milhões de toneladas de hedge na mesma época do ano anterior, ou 32% das exportações, de acordo com relatório da Archer.
O preço médio para hedge obtido pelas usinas foi de 13,01 centavos de dólar por libra-peso, abaixo da média vista em igual período do ano passado, de 13,12 centavos, disse o relatório.
O volume de fixação ficou muito abaixo do recorde registrado em novembro de 2016, quando as usinas venderam antecipadamente 35% das exportações esperadas, mas superou a mínima histórica de novembro de 2017, quando a parcela foi de apenas 22%, afirmou a Archer.
No entanto, considerando que o relatório mostra dados históricos baseados na porcentagem das exportações, o número efetivo de contratos futuros do mercado de Nova York nas mãos das usinas brasileiras atualmente está provavelmente próximo dos níveis mais baixos nos últimos anos.
Isso se deve ao fato de o Brasil ter reduzido acentuadamente suas exportações de açúcar nos últimos dois anos devido aos baixos preços globais --e consequentemente, o volume de contratos de hedge de vendas futuras que as usinas assumem em Nova York. As usinas alteraram o chamado mix de produção em favor do etanol, que tem gerado melhores resultados financeiros.
As exportações de açúcar das usinas do centro-sul brasileiro recuaram para 19,8 milhões de toneladas na última temporada (2018/19), ante 28,2 milhões de toneladas dois anos antes, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
Para a próxima temporada (2020/21), a Archer vê poucas alterações nos níveis de exportações, estimados pela consultoria em 19,5 milhões de toneladas.
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